POLIS

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O projeto nasce com foco no comportamento político nas sociedades contemporâneas e nos efeitos dos movimentos sociais e políticos atuais sobre as liberdades e processos emancipatórios, bem como seus impedimentos em escala local, nacional e global. Tem por objetivos o desenvolvimento de um campo interdisciplinar de reflexão e prática investigativa e divulgadora, reunindo debates em torno de questões como: preconceito, racismo, sexismo, xenofobia, movimentos sociais, violência coletiva social, relações de poder, movimentos emancipatórios de povos e nações, valores democráticos e autoritarismos, laicidade, análises de discursos e ideologias, de universos simbólicos e práticas institucionais. Nessa perspectiva, o Polis atua desde sua criação formal em 2013, como projeto de extensão e em 2015 como Blog para divulgação e atualização.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Os meandros da mídia

Por Ana Flávia Motta e Antonio C. R. Tupinambá. 

Para discutir o poder de manipulação da mídia na modernidade, Noam Chomsky, linguista e ativista político estadunidense, escreveu “Mídia: Propaganda Política e Manipulação”. 
A edição utilizada para a elaboração do texto atual é de 2013, com tradução de Fernando Santos,  publicado pela editora Martins Fontes de São Paulo. O livro tem 112 páginas e está dividido em duas partes principais: Mídia: Propaganda Política e Manipulação e O Jornalista Marciano. A primeira parte encontra-se dividida em nove tópicos que serão respectivamente comentados no âmbito da atual resenha. Já a segunda parte é uma transcrição editada de uma palestra realizada nas comemorações do décimo quinto aniversário da Fairness and Accuracy in Reporting (Imparcialidade e Precisão ao Noticiar) em 22 de janeiro de 2002 na cidade de Nova York, também incluída na resenha ora proposta. 
O autor inicia seu texto com uma breve introdução, na qual evidencia a relevância da mídia na política atual, constatação essa que é amparada por dois conceitos diferentes atribuídos à democracia, nomeadamente: democracia como condição das pessoas de participar significativamente na direção dos seus assuntos pessoais por meio de canais de informações livres e acessíveis. Na segunda conceituação tem-se a democracia como o impedimento de um povo de conduzir os seus assuntos pessoais com canais de informações rigorosamente controlados. Por mais que a segunda definição pareça estranha, seria a que se faz mais presente no mundo hodierno e reflete, curiosamente, a experiência de “democracia” atualizada.
O primeiro tópico da primeira parte do livro resenhado intitula-se “Os primórdios da história da propaganda política”. Chomsky inicia abordando o governo de Woodrow Wilson, 28o presidente dos Estados Unidos, eleito em 1916 com a plataforma “Paz sem Vitória”, no contexto histórico da metade da Primeira Guerra Mundial, quando a população buscava paz e o não envolvimento numa guerra europeia. O governo de Wilson, entretanto, estava comprometido com a guerra, o que levou a formação da Comissão Creel, uma comissão de propaganda governamental, que reverteu o cenário de uma população ainda pacifista, num período recorde de apenas seis meses. 
O sucesso de tal feito levou à utilização das mesmas técnicas para instaurar o que ficou conhecido por Pânico Vermelho, com a consequente destruição de sindicatos e eliminação da liberdade de pensamento político. Com apoio de parte da mídia e de empresários, a iniciativa conquistou grande êxito. 
Assim, o autor conclui nesse primeiro tópico que uma propaganda política patrocinada pelo Estado, apoiada por classes instruídas e tendo como pano de fundo um cenário sem espaço para oposição resulta em consequências impactantes e decisivas para um projeto de desconstrução democrática, sem abandonar a “democracia". 
O segundo tópico tem o título “Uma democracia de espectadores”. Chomsky cita Walter Lippmann, teórico da democracia liberal, que tinha envolvimento com as comissões de propaganda e acreditava numa “revolução na arte da democracia” para ser utilizada a favor da construção de um consenso entre a população sobre determinado assunto através das novas técnicas de propaganda política. Ele compartilhava a ideia de que apenas uma pequena elite tem a capacidade de compreender os interesses gerais. Para Chomsky, a teoria liberal democrática é muito semelhante ao marxismo-leninismo, razão pela qual é possível atravessar entre uma ideia e outra sem qualquer estranhamento ou experimentar uma sensação de mudança. Ambos buscam conduzir as massas ignorantes a um mundo, o qual elas ainda não são capazes de compreender. 
Lippmann reforça essa ideia ao argumentar que para um bom funcionamento de uma democracia há classes de cidadãos: a classe especializada, que conduz e gere os assuntos de interesse público; a outra parte seria um “rebanho desorientado” (expressão cunhada pelo próprio Lippmann). Essa segunda classe possui a função apenas de espectador. Como se trata de uma democracia, há espaço para que de vez em quando esse espectador apoie algum membro da classe especializada, o que poderia se definir como uma eleição. Sua participação, contudo, está reduzida exclusivamente à transferência de apoio. Após ser feito isso, o espectador sai de cena. 
A lógica para isso é o princípio moral imperativo de que a maior parte da população é ignorante demais para compreender as coisas o que, por consequência, seria imoral e impróprio deixar essa população participar na administração dos seus interesses. Trata-se de um rebanho desorientado que deve ser domesticado de modo a não interferir e causar transtornos ao status quo. 
É nessa perspectiva que surge a revolução na arte da democracia, pois se é necessário que haja essa domesticação, é preciso de algo que possa levar a isso, ou seja provocar a produção do consenso. A população precisa ser distraída e ser mantida na posição de expectador. 
Chomsky diz que num estado totalitário ou militar é mais simples manter o poder, utilizando-se de violência com aqueles que ameaçam o sistema. Entretanto, numa sociedade democrática é necessário recorrer às técnicas de propagandas políticas: assim como é necessário a utilização de violência para um Estado totalitário, é necessária a propaganda política para uma democracia. 
“Relações públicas” é o tópico discutido em terceiro lugar: com o sucesso da Comissão Creel e o Pânico Vermelho, os Estados Unidos tornaram-se grandes interessados no “controle da mente da população”. Assim, foram os pioneiros na atividade de relações públicas. Durante a década de 1920, as relações públicas tiveram êxito em estabelecer uma submissão da população ao mundo dos negócios. Em 1935, contudo, os trabalhadores conseguiram sua maior conquista legislativa, o direito de organização, através da Lei Wagner. Tal feito revela que a democracia não estava funcionando do jeito que os poderosos gostariam, pois aqueles que deveriam ser apenas espectadores passaram a ter conquistas, levando também a se organizarem, quando até então manter o povo isolado tinha sido mais interessante e favorável à dita "democracia". 
Os empresários se deparando com tal conquista popular, perceberam o que poderia ser uma grande ameaça e rapidamente começaram a agir para evitar tais "desvios democráticos". Começou em 1937 e já não era eficaz utilizar de violência contra os operários, passaram a se utilizar de recursos de propaganda para colocar a população contra os grevistas, mostrando consequências ruins para a sociedade e formando a pior imagem possível desses grupos. 
Essas propagandas e a utilização de slogans buscam fazer com que o povo não reflita sobre tais questões, assim ninguém será capaz de discordar e apenas dará o seu apoio a uma frase bem elaborada pelo grupo dominante e que tem controle político/econômico e midiático, que no fim tem um significado vazio. Vale a pena lembrar que no golpe de Estado que levou ao impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016 testemunharam-se várias dessas frases “bem elaboradas” mas vazias que caíram na boca do povo a exemplo do que aqui se fala de propaganda e slogans para evitar reflexão popular sobre a verdade e o fato político.  
Chomsky cita Edward Bernays, membro da Comissão Creel que desenvolveu a nomeada  “engenharia do consenso” como figura de destaque no campo das relações públicas. Para Bernays, engenharia do consenso é a essência da democracia, onde as pessoas capazes de construir o consenso são as que possuem recursos e poder para fazê-lo. 
O tópico seguinte é “A construção da opinião”. Nessa parte é discutido sobre a necessidade de se instigar a população, assim como ocorreu na Primeira Guerra Mundial, quando a população ainda era muito pacifista, para que mudasse de opinião e assim se envolvesse em aventuras da política externa dos Estados Unidos. É preciso amedrontar, como o próprio Bernays fez em 1954, ao dirigir uma campanha de relações públicas em defesa da United Fruit Company, quando o governo democrático capitalista da Guatemala foi derrubado pelos Estados Unidos e foi instaurado uma sociedade refém de esquadrões da morte assassinos.  Hoje poderia ser incluída nessa construção, a Guerra de George W. Bush contra o Iraque. Toda a opinião pública foi moldada para que se acreditasse no Iraque como ameaça à humanidade, justificando uma injustificável invasão americana.
Outra questão levantada é a chamada “síndrome do Vietnã”, que Norman Podhoretz define como “restrições doentias ao uso do poder militar” vivenciada pela população naquela altura. Grande parte dessa população partilhava das "restrições doentias à violência”, um sentimento que poderia ser perigoso para os fazedores de guerras, pois poria limite nas aventuras bélicas americanas. Portanto, naquele momento era preciso desenvolver nas pessoas o respeito ao “valor marcial”, para que assim a sociedade pudesse utilizar sua força mundo afora para alcançar os objetivos de sua elite. 
No tópico, “Representação como realidade” Chomsky aborda a a falsificação dos fatos como uma forma de superar as nomeadas "restrições doentias” tratadas no tópico anterior. Em vez de mostrar que está atacando e destruindo algo, você mostra que na verdade está se defendendo do verdadeiro monstro. Tal método se torna mais eficaz quando se tem controle da mídia e do sistema educacional e a universidade assume uma posição conformista. Isso é evidenciado numa pesquisa feita na Universidade de Massachusetts, que perguntava “entre mortos e feridos, quantas vítimas você calcula que a Guerra do Vietnã causou?” e as respostas médias diziam que havia sido cerca de 100 mil, quando dados oficiais apontam ter sido cerca de 2 milhões. Nos dias atuais pode-se recorrer ao ataque terrorista de Donald Trump no Iraque que resultou na morte de um dos maiores líderes militares do Iran, o general Qasem Soleimani. Nomeado e desastroso ataque com seu corolário o abatimento, por mísseis iranianos, segundo as autoridades iranianas por engano, de um avião ucraniano causando a morte de quase duas centenas de civis a bordo. De algum modo pode-se por esse acidente na conta de Donald Trump, pois a tragédia ocorreu no âmbito e em consequência a seu ataque terrorista no Iraque. Dados na mídia vem sendo falsificados pois em vez de mostrar o que de fato ocorreu, os interesses políticos de Trump para a ação, defende-o no seu ato destrutivo como estratégia preventiva ao terrorismo e acusam, unilateralmente, o Irã. 
A imagem de mundo que é apresentada nos meios de comunicação não condiz verdadeiramente com a realidade. Aí estão os efeitos nefastos das nomeadas fakenews nas últimas eleições presidenciais nos Estados Unidos e no Brasil, levando ao poder um candidato sem qualificação e de extrema-direita no Brasil, que quando da corrida eleitoral fugiu a todos os debates para se beneficiar de mentiras midiáticas (fakenews) que o promoviam ataques a seus opositores. Tudo isso acontece não em um regime totalitário, mas sim, em um espaço de liberdade, a nova "democracia". Uma prática que, nos moldes modernos, já foi registrada na década de 1980: em 1986 o caso do bombardeamento da Líbia na operação El Dorado Canyon, realizado pelos Estados Unidos, foi um exemplo de pura e simples submissão da mídia à violência do Estado (Chomsky, 2002)1
A discussão no tópico “A cultura da dissidência” gira em torno dos movimentos populares que surgiam na década de 1970, como o movimento feminista e o ambientalista e uma expansão ainda maior durante a década seguinte. Chomsky mostra que esses movimentos não eram limitados a protestos mas uma tentativa de se envolver verdadeiramente com a vida das pessoas de diferentes locais, tendo um efeito civilizador que fazia toda a diferença. O autor afirma isso por experiência própria, pois sabe que pode fazer suas conferências em qualquer lugar nos dias atuais e mesmo que as pessoas concordem ou discordem, elas compreendem e compartilham de um terreno comum. Nos dias atuais tal ocorre com, por exemplo, o ativismo da adolescente sueca Greta Thunberg que desmoralizou na sua fala na ONU em 2019 líderes mundiais prepotentes e que se mostravam incapazes de oferecer qualquer solução para antigos pleitos ecológicos imprescindíveis à preservação da qualidade de vida e sobrevivência do planeta. Dentre esses líderes desmoralizados estava o presidente de extrema direita do Brasil, juntamente com seu Ministro do meio ambiente Salles, catalisadores do maior desastre ecológico na Amazônia (desmatamento e queimadas criminosas) no seu primeiro ano de mandato presidencial. 
Na altura em que escreveu os textos que compõem o livro, Chomsky observava que mesmo com todos os artifícios de propaganda e a construção do consenso, as pessoas estariam obtendo a capacidade de refletir sobre os acontecimentos e os fatos. Para ele, o ceticismo ao poder vinha então crescendo e, ainda que de forma mais lenta, tinha um grande significado para o momento. Os movimentos permitiam que as pessoas vissem que não estavam sozinhas e que outros partilhavam das mesmas ideias. Ao formarem organizações e se fortalecerem, as pessoas começam a parar de só assistir à televisão, e passam a ter ideias, como as "restrições doentias" ao uso do poder militar de décadas passadas. 
“Cortejo de Inimigos” trata dos problemas sociais e econômicos que os Estados Unidos enfrentavam na época: somente assistir ao futebol americano e a outros programas na televisão já não era suficiente para desviar a atenção da população dos reais problemas. Foi necessário estimular o medo dos inimigos. Exemplo disso, foi a década de 1930, quando Hitler instaurou na população o medo aos judeus e a ideia de que era preciso eliminá-los. Os Estados Unidos há muito vinham utilizando os russos para tal artimanha, mas era preciso recorrer a outros inimigos. Assim, posteriormente utilizaram-se dos terroristas internacionais e desse modo a população se mantinha aterrorizada, não prestando atenção em outros problemas, sempre distraída e histérica. 
“Percepção Seletiva” é o tópico que nos mostra como aquilo que é exposto na mídia pode ser exclusivo a ponto de limitar o que se pode ver e saber sobre determinado fato. Ao ser publicado em 1986 as memórias de Armando Valladares, prisioneiro cubano que havia sido libertado, foi, por exemplo, utilizado pela mídia de tal modo a evidenciar a violência do governo de Castro que punia e eliminava a oposição política. Nessa perspectiva, Chomsky faz uma análise da situação: a mídia massacra um governo com base no relato de um homem. Chomsky deixa claro nessa parte do livro que não busca duvidar dos acontecimentos em Cuba naquele momento e de que é possível que todas as afirmações possam ser verídicas, mas o que quer ressaltar são os acontecimentos posteriores que envolveram essa vítima da ditadura castrista. Valladares foi homenageado durante uma cerimônia em comemoração ao Dia dos Direitos Humanos na Casa Branca, por ter sobrevivido aos horrores de um sádico cubano, sendo depois indicado como representante dos Estados Unidos na Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, ocasião na qual defendeu tanto o governo salvadorenho quanto o guatemalteco contra acusações de atrocidades que fez milhares de vítimas com sofrimento seguramente bem maior do que o seu próprio. Enquanto isso, Herbert Anaya, membro do Grupo de Direitos Humanos de El Salvador, que foi preso e torturado e fez registros de diversas pessoas que estavam no país durante esse período, teve sua voz silenciada, quando a mídia não estava disposta a revelar todas as atrocidades que ele havia relatado. 
O tópico final dessa primeira parte é destinado a retratar “A Guerra do Golfo”, um caso de propaganda bem sucedida. É feita uma breve explicação do contexto da guerra e os pontos ressaltados são como fazer uma oposição ser silenciada e uma população tão doutrinada a ponto de não perceber o que de fato está acontecendo. Outras problemáticas também são apresentadas, como o poder de influência dos Estados Unidos de entrar em guerra sem nenhum motivo e sem levantar qualquer questionamento, além do fato de que sanções nunca funcionam porque os estadunidenses as vetam e bloqueiam as negociações. 
Na segunda parte do livro, “O Jornalista Marciano: Como a ‘Guerra ao Terror’ deveria ser noticiada” há uma transcrição editada de uma palestra durante as comemorações do aniversário da Fairness and Accuracy in Reporting (Imparcialidade e Precisão ao Noticiar) em 22 de janeiro de 2002 na cidade de Nova York: “Vamos abordá-lo por meio de uma espécie de exercito teórico. Imaginem um marciano inteligente… …Suponhamos que esse marciano tenha estudado em Harvard e na Faculdade de Jornalismo da Universidade de Columbia e tenha aprendido todos aqueles princípios morais nobres e elevados, e que, na verdade, acredita neles, De que maneira ele trataria uma história como essa?” (p. 72). 
Na palestra, Chomsky discute sobre como deveria ser a abordagem das guerras na Mídia. Esse suposto jornalista marciano deveria informar que sempre são as mesmas guerras lideradas pelas mesmas pessoas contra alvos semelhantes. Como ele afirma, a política externa dos Estados Unidos é focada na guerra contra o terrorismo, quando o próprio país foi responsável pelo atentado na Nicarágua, que pode ser considerado como até pior que o atentado de 11 de setembro às Torres Gêmeas.  
Chomsky também reflete durante sua palestra sobre como a mídia e os veículos de comunicação de massa são responsáveis por instaurar o senso comum ao defender os interesses da elite estadunidense. Outro ponto crucial é sobre a violência praticada pela mídia ao ser tendenciosa em suas coberturas sobre a posição do governo estadunidense em sua repressão aos países no qual praticou terrorismo. 
Chomsky conclui que os jornalistas se deparam com um dilema: continuar a não mostrar a realidade das coisas como são, como vem sendo feito, ou adotar uma atitude compromissada expondo os fatos:
“Portanto, a integridade nos deixa diante de um dilema. A resposta fácil é a hipocrisia de costume. A outra opção é a que foi adotada por nosso amigo marciano o qual, na verdade, submete-se aos princípios que, com notável farisaísmo, nós seguimos. Esta opção é mais difícil de considerar, mas é imperativa se quisermos poupar o mundo de desgraças ainda piores”. (p. 105). 

O livro é bem organizado e possui muitos exemplos que reforçam os argumentos de Chomsky, auxiliando o leitor a compreender o ponto de vista do autor. As discussões são diretas e de fácil entendimento, estimulando uma reflexão do leitor. É indicada e se faz essencial a todos da área da comunicação e demais interessados que buscam entender melhor sobre o poder da mídia, propaganda política e a posição de jornalistas nesses contextos.
1) Chomsky, N.  (2002).  Duas Horas de Lucidez.  Mem Martins,  Portugal:  Editorial Inquérito.

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