POLIS

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O projeto nasce com foco no comportamento político nas sociedades contemporâneas e nos efeitos dos movimentos sociais e políticos atuais sobre as liberdades e processos emancipatórios, bem como seus impedimentos em escala local, nacional e global. Tem por objetivos o desenvolvimento de um campo interdisciplinar de reflexão e prática investigativa e divulgadora, reunindo debates em torno de questões como: preconceito, racismo, sexismo, xenofobia, movimentos sociais, violência coletiva social, relações de poder, movimentos emancipatórios de povos e nações, valores democráticos e autoritarismos, laicidade, análises de discursos e ideologias, de universos simbólicos e práticas institucionais. Nessa perspectiva, o Polis atua desde sua criação formal em 2013, como projeto de extensão e em 2015 como Blog para divulgação e atualização.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O ISIS, O TERROR E O OCIDENTE


Foto retirada da internet



Há mais em comum entre fundamentalismo religioso, terrorismo, fascismo, regimes ditatoriais e outros movimentos políticos totalitários do que se imagina. Todos querem representar um ser supremo, iludir seguidores e realizar planos paranoicos e narcísicos. Nazistas com a pseudoestética da perfeição racial e eugenia; fundamentalistas religiosos e a promessa de um mundo perfeito, sem conflitos, coeso, feliz aqui e alhures, geralmente no além; ditadores com supercontrole sobre vidas alheias, em busca da hipernormalidade, da supremacia financeira e do poder, que termina concentrado em seus iguais. Todos prometem o que não existe e o que não podem oferecer. Aproveitam-se da vulnerabilidade humana, mal-estar social e surgem como salvadores, enganam e fazem o inominável para perpetrar atos extremos que confundem e causam perplexidade. Há um show de horrores e de desrespeito inerente a qualquer opção desses agentes do terror para implementar projetos diabólicos. Não está em livros sagrados o que dizem retirar para seus gritos de guerra, nenhuma letra autoriza ou legitima o que fazem. Há, sim, em suas psicopatias e maldades o lastro para as interpretações e justificativas descabidas de atos extremistas e destruidores. O Estado Islâmico e seus similares emergem das profundezas das frustrações, invejas e ganâncias. Não se pode negociar com psicopatas fundamentalistas, pois eles não compartilham o mundo da razão, devem ser apenas combatidos. Somente uma firme ação de líderes legitimados para encontrar os meios de eliminar esse cenário destruidor. Os últimos atentados em Paris, que mataram mais de 120 pessoas; a decapitação de um jornalista americano; a morte de 19 pessoas em um hotel no Mali, para citar poucos eventos macabros que, mais uma vez, põem o mundo no foco do terrorismo fundamentalista; conflito e mortes na conta de radicais da Al Qaeda e do intitulado ISIS, ou Estado Islâmico, grupo autoproclamado califado na Síria e em solo iraquiano.  Na raiz de tudo a invasão do Iraque por um líder insano e seus seguidores irresponsáveis. Noah Chomsky já afirmava que nessa invasão do Iraque pelos Estados Unidos, com o apoio de seus aliados, foi plantada a semente do terrorismo cujos efeitos conhecemos hoje. De acordo com o cientista político, “a própria CIA reconhece que o Estado Islâmico é resultado da invasão estadunidense do Iraque: ‘o pior crime do milênio’ praticado pelos EUA. Centenas de milhares de pessoas foram mortas, torturadas, o país destruído, 4 milhões de pessoas deslocadas e 2 milhões de refugiados, sob os olhos de todo o mundo sem qualquer reação para proteger as vítimas do Iraque”.1 No quadro de desolação atual, as saídas desse imbróglio são escassas. Por mais que o governo estadunidense rejeite a ideia, uma opção viável para combater o ISIS seria, pasmem, a união de Assad, Irã e Rússia na região, sob a batuta do terceiro. Algo já vem se delineando nessa direção, a despeito da rejeição do governo dos Estados Unidos a qualquer plano e negociação de combate ao ISIS que inclua o presidente sírio. Não há muitas opções. A sorte está lançada.



1 Capturado em 21 de novembro de 2015 de:
HYPERLINK "http://www.revistaforum.com.br/mariafro/2015/11/18/chomsky-invasao-iraque-pelos-eua-e-raiz-terrorismo-e-o-pior-crime-milenio/" \t "_blank" http://www.revistaforum.com.br/mariafro/2015/11/18/chomsky-invasao-iraque-pelos-eua-e-raiz-terrorismo-e-o-pior-crime-milenio/.

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