POLIS

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O projeto nasce com foco no comportamento político nas sociedades contemporâneas e nos efeitos dos movimentos sociais e políticos atuais sobre as liberdades e processos emancipatórios, bem como seus impedimentos em escala local, nacional e global. Tem por objetivos o desenvolvimento de um campo interdisciplinar de reflexão e prática investigativa e divulgadora, reunindo debates em torno de questões como: preconceito, racismo, sexismo, xenofobia, movimentos sociais, violência coletiva social, relações de poder, movimentos emancipatórios de povos e nações, valores democráticos e autoritarismos, laicidade, análises de discursos e ideologias, de universos simbólicos e práticas institucionais. Nessa perspectiva, o Polis atua desde sua criação formal em 2013, como projeto de extensão e em 2015 como Blog para divulgação e atualização.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Sem Chance


                                                        Foto retirada da internet


A história da Indonésia traz fatos indigestos no que tange a direitos humanos e ações civilizatórias. Na sua definição territorial pós-independência, a promoção de massacres e carnificinas foi regra. Em 1949 os holandeses reconheceram sua independência, mas atribuíram a seu território mais oriental, Nova Guiné Ocidental, status diferenciado de “nação” étnica e geográfica autêntica, diferenciando-a do restante do novo país, como fizeram os portugueses com Timor Leste, sua ex-colônia naquela região.O plebiscito que resultou na “legitimidade” dessa anexação ocorreu sob a mira das armas do então ditador Suharto. A exemplo do que aconteceu no Timor Leste, a população da Nova Guiné Ocidental nunca aceitou sua anexação sob os moldes selvagens característicos da polícia de Estado indonésia. Nem mesmo Pol Pot, ditador cambojano, conseguiu assassinar, proporcionalmente, tantas pessoas quanto Suharto.A Indonésia tem, portanto, história de intolerância, governos totalitários e corruptos, que em muitos casos fazem vista grossa para a segregação, culminando com perseguição a minorias. É um país que não tem moral para punir alguém com a pena de morte, porque não pune sequer os seus muitos corruptos. Nunca saiu da lista dos países mais corruptos; invadiu e quase dizimou a população do Timor Leste, em sua maioria cristã, porque queria sua anexação. Enfim, não é qualquer modelo de democracia, tampouco sociedade de direito ou exemplo de respeito e justiça. Parabéns ao ministro das relações exteriores que apresentou o repúdio do governo brasileiro pela execução de Marco Archer, em face a sua condenação pelo tráfico de drogas naquele país. Apesar de todos os pedidos de clemência, ao condenado foi negada qualquer outra alternativa ou uma segunda chance.





Antonio Caubi Ribeiro Tupinambá

Texto originalmente publicado no Caderno OPINIÃO do Jornal O POVO em 07/12/2014.
http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2015/02/07/noticiasjornalopiniao,33896
02/sem-chance.shtml

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